A iluminação em TV
Dando continuidade às celebrações do 25º aniversário da aip realizou-se na sala Fernando Lopes na Universidade Lusófona o encontro intitulado A TÉCNICA DA ILUMINAÇÃO TELEVISIVA. Este evento teve a presença dos nossos membros Luís Silva e Mário Bastos e do operador de controlo de imagem da RTP Jorge Duarte, todos com largos anos de experiência no domínio da iluminação de cenários de TV, espetáculos ao vivo e outros entre a enorme diversidade que é a produção televisiva.
A sessão foi simplesmente brilhante. Muito rica no conteúdo e na forma como foi apresentada nas duas horas seguidas sem intervalo onde se demonstrou desde o antigo ao atual dos cenários reais ainda a preto e branco para a atual técnica de iluminação com robótica e auxilio de softwares para desenhar luz e comandar projetores.
De início Luís Silva apresentou um historial do mais popular programa de televisão de sempre que é o telejornal. Desde o seu início, demonstrando as diversas abordagens de estilo e de técnicas utilizadas ao longo das décadas até aos dias de hoje. Fez também uma deriva para o festival da canção do qual foi iluminador em algumas ocasiões. As técnicas usadas, os dias de montagem, o stress do direto foram abordados de forma minuciosa e clara.
Em seguida veio o operador de câmara e agora no controlo de imagem Jorge Duarte que se iniciou ainda na televisão era a preto e branco. Inesperadamente esperava-se que nos falasse de operação de câmara e de controlo de imagem mas em vez disso trouxe uma questão muito pertinente de grande interesse. A imagem mental. Deu exemplo do filme de Lar Von Trier «Dogville» . Como sabemos os cenários são minimalistas e onde não existem paredes. Ao falar da imagem mental fez ponte para os programas infantis onde reúne grande experiência tendo sido operador de câmara no maior sucesso televisivo no género que foi a Rua Sésamo nos anos 90. A criança tem outro imaginário que não o dos adultos quando criam a imagem mental. Demonstrou como a altura da câmara é essencial nos programas infantis de forma a fazer chegar a mensagem.
A palestra finalizou com Mário Bastos, que apresentou e falou numa série de programas do qual iluminou como por exemplo Got talent , X factor entre muitos onde abordou com detalhe o valor e a importância de trabalhar em equipa. O auxilio das novas ferramentas digitais para desenhar a luz dos programas. E no final recebeu o título aip das mãos de Luís Silva, título atribuído pelos colegas da associação de imagem em reconhecimento profissional de um colega.
