Technoboss com fotografia de Mário Castanheira aip.
- Mário Melo Costa
- 18 de nov. de 2019
- 2 min de leitura

Está em sala o filme «Technoboss» último trabalho do realizador João Nicolau que conta com a fotografia do nosso membro Mário Castanheira aip. Technoboss foi filmado em suporte analógico. Filmar em película hoje é raro e passou a ser considerado uma excentricidade. Fizemos uma conversa com o Mário Castanheira sobre o filme.
1 - Porquê analógico? – Eu e o João Nicolau temos um particular apreço por este suporte e gostaríamos até de ter filmado em 35mm, mas o orçamento infelizmente era curto e optamos por filmar em 16mm. Acho que ao utilizar pelicula juntamente com o formato 1:66 conseguimos criar a imagem que Technoboss precisava. Utilizei película da Kodak com sensibilidades de 200T e 500T uma camara ARRI SR3 e um conjunto de objetivas Zeiss high speed.
2 – Como fizeste o acompanhamento laboratorial?
Infelizmente Portugal já não tem laboratório (Tobis).Para revelar, a produtora “O Som e a Fúria” aproveitou a via da co-produção francesa para revelarmos em França no laboratório SILVERWAY.
Semanalmente recebia as rushes digitalizadas por internet e analisávamos o trabalho.
3 – A abordagem de câmara como trabalharam o filme?
O João tem muito controlo sobre os enquadramentos e sobre a decoupage do filme. Neste filme temos planos em tripé, planos em dolly, car mount, low loader, steadicam. A posição de câmara, o enquadramento, são previamente escolhidos pelo João e todos nós, equipa de imagem, maquinaria tentamos reproduzir ao milímetro a opção do realizador. Tecnicamente é um desafio.
4 – Como trabalhaste a pós-produção?
Na pós-produção tiveram que ser realizados alguns efeitos especiais que estavam previstos e corrigir algumas imperfeições inerentes à utilização da película, e este trabalho foi feito pela Irmã Lúcia e Cosmolight em França. A correção de cor foi feita posteriormente pelo Paulo Américo.
5 – Com que equipa trabalhaste?
Tive na imagem a Lisa Persson, Helena Marina e Frederico Mesquita. Operador de Steadicam o Eberhard Schedl . Na iluminação o Luiz Paulo Xein e na maquinaria o Manuel Ramos mais conhecido entre os colegas pelo «Manuel dos Cavalos»

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