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Faleceu José Luis Carvalhosa.


1947-2018 JoséLuís Carvalhosa aip

É com muita tristeza que comunicamos o falecimento de José Luis Carvalhosa.

Estará em câmara ardente na Igreja do Cacém (fica em frente da Escola Gama Barros) amanhã a partir das 18h. Funeral seráno sábado às 13h.

Este foi o texto que publicamos na aip há um mês sensivelmente pela ocasião da nossa homenagem.

«No próximo dia 9 de Março no decorrer da cerimónia de entrega dos prémios AIPCINEMA a associação homenageia o diretor de fotografia JoséLuís Carvalhosa que colaborou com realizadores como Eduardo Geada, Solveig Nordlund, Alberto Seixas Santos, Fernando Matos Silva, João Canijo, António de Macedo de onde se destacam os filmes «A Maldição do Marialva», «Os Emissários de Khalom» e recentemente com Jorge Silva Melo entre muitos.

O vídeo que fizemos pela ocasião: https://vimeo.com/259143422

O percurso de JoséLuís Carvalhosa como diretor de fotografia tem-se pautado por ser diversificada, sendo que fotografou longas de ficção, documentários e essencialmente séries de televisão para a RTP de onde se podem destacar «Duarte & Companhia», «Melhor éImpossível», «Sai da Minha Vida», «Alentejo Sem Lei», «Crime àPortuguesa»entre outros. Para além das séries Carvalhosa foi ao longo dos anos entre 1988 e 1995 o principal operador de câmara do Cinemagazine para a RTP.

Hátambém uma grande incidência do seu trabalho na área do documentário tendo assinado mais de cinquenta títulos desde que se tornou operador de câmara nesse ano distante de 1967 quando assina a fotografia de uma curta-metragem «O Peixinho Vermelho».

JoséLuís Carvalhosa nasce em 1947 em Lisboa. Éum alfacinha de gema. Frequentou a escola secundária das artes a António Arroio onde aprendeu desenho de letra. Não foi na António Arroio que aprendeu fotografia ou a usar a câmara de filmar. Nessa época ainda não havia curso de cinema na escola, mas foi o facto de ter trabalhado na produtora de Perdigão Queiroga que lhe permitiu dar os primeiros passos na imagem e que depois se solidificou como foi mobilizado para o exército que sendo integrado nos Serviços Cartográficos do Exército em 1968. JoséLuís Carvalhosa foi militar na guerra do Ultramar entre 1968 e 1972 tendo estado em Angola e na Guinécomo repórter de guerra.

Nos Serviços Cartográficos do Exército conheceu cineastas como Fernando Matos Silva, JoséNascimento, Elso Roque, João Abel Aboim que também se viriam a tornar figuras importantes no cinema português.

Depois de prestado o serviço militar Carvalhosa regressa àprodutora de Perdigão Queiroga. Tinha-se comprometido a tal. Ficou ainda algum tempo atéque um dia teve a oportunidade de um trabalho e saiu da empresa. JoséLuís Carvalhosa recorda a frase que Perdigão Queiroga no dia da despedida. «Os tetos da minha casa são muito baixos para ti».

Em 1974 dá-se a revolução do 25 de Abril que viria a mudar tudo em Portugal. A indústria a própria RTP, e todo o processo de produção se alterou. Foi aíque trabalhou em várias cooperativas como a Cineequipa onde havia uma câmara Cameflex vendida a prestações pelo Sr. Peixoto que representava a ARRIFLEX a ZEISS e outras marcar para Portugal. A cooperativa de produção de filmes a Cinequanon onde conheceu António de Macedo e fotografou a curta-metragem «A Bicha de Sete Cabeças»com quem viria depois a colaborar em diversos filmes com destaque para dois deles «Os Emissários de Khalom»e «A Maldição de Marialva». Realizador que muito admirou pela forma metódica e preparada com que surgia no plateau com todo o planeamento de filmagens preparado.

Ao longo dos anos 80 e 90 através da produtora «Fábrica de Imagens»onde mais tempo trabalhou executou dezenas e dezenas de trabalhos, desde o documentário a série de televisão e ficção em longa e curta-metragem.»

A sua filmografia.

Longa-Metragem

Ao Sul

Vertigem

Alma Ta Fika

A Maldição do Marialva

Filha da Mãe

Os Emissários de Khalom

Três Menos Eu

Uma Viagem na Nossa Terra

Antes a Sorte Que Tal Morte

Guerra de Mirandum

Acto dos Feitos da Guiné

Donasvinte

O Meu Nome É...

Viagem para a Felicidade

A Lei da Terra

O Funeral do Patrão

Séries TV

Melhor éImpossível

Insólitos

A Febre do Dinheiro

Notícias do Tempo

Sai da Minha Vida

Alentejo Sem Lei

Crime àPortuguesa

Responder àLetra

Cinemagazine

Duarte & C.a

Documentário

Sofia Areal: Um Gabinete Anti-Dor

Ainda Não Acabámos: Como Se Fosse Uma Carta

Ângelo de Sousa - Tudo o Que Sou Capaz

Bartolomeu Cid Dos Santos: Por Terras Devastadas

António Sena - A Mão Esquiva

A Gravura: Esta Mútua Aprendizagem

Nikias Skapinakis: O Teatro Dos Outros

Álvaro Lapa: A Literatura

A Luz Submersa

Leitão de Barros - O Senhor Impaciente

João Cutileiro - E Neste Nada Cabe Tudo

Especial Cannes: 50 Anos de Festival

Senhora Aparecida

The Greening of Thailand

Gestos e Fragmentos

Bom Povo Português

Aquilino e Mestre Zé

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